O Projeto Mapeadores Livres foi o primeiro Capítulo da Rede YouthMappers no Brasil. Esta rede, que conta hoje com mais de 260 universidades em 65 países, tem como objetivo geral a formação de uma rede internacional de mapeadores voluntários voltados a temas como o mapeamento humanitário e para o desenvolvimento sustentável.

Ao longo de 2020 e 2021, o capítulo precisou se reinventar e adaptar devido a pandemia, contando com a participação de profissionais, estudantes e professores de todo o país. Escolhendo como os ODS principais:  

Educação de qualidade,  Trabalho digno e crescimento econômico,  Reduzir as desigualdades e  Cidades e comunidades sustentáveis.

Como tema, escolhemos trabalhar com o mapeamento dos invisíveis, em duas frentes, na acessibilidade urbana para pessoas com deficiência e no mapeamento de favelas. Para cada frente, são convidados especialistas e membros ativos nas comunidades de interesse. Depois, o grupo propõe e publica estratégias de mapeamento na plataforma OpenStreetMap para o assunto em questão.

O grupo criou no seu canal do YouTube uma série de vídeos de treinamento sobre as plataformas, sediou o 1º Encontro dos Capítulos no Brasil, participou em uma série de eventos da rede, tanto nacionais quanto internacionais.

Adicionalmente, foi criado um curso de extensão de seis semanas sobre Mapeamento Colaborativo, com participantes de todo o Brasil. Como somos ligados a um grupo de pesquisa, também foram publicados trabalhos científicos em eventos e periódicos internacionais, além de dois capítulos em livros internacionais sobre os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.

Um trabalho de conclusão de curso da Engenharia Cartográfica e de Agrimensura foi dedicado totalmente à construção de uma plataforma para o mapeamento da acessibilidade urbana, trabalho que ganhou o primeiro lugar como melhor TCC do Estado do Paraná, categoria Agrimensura, na premiação estabelecida pela CREA-PR.

Outra atividade importante são as mapatonas mensais, eventos de extensão que usam a plataforma Discord, onde voluntários, tanto profissionais como estudantes de vários níveis, se unem para mapear uma determinada região por uma noite.

Estamos também trabalhando com o projeto She Maps, em especial com outros capítulos da América Latina, para a inclusão da perspectiva de gênero nas atividades de mapeamento. Portanto, tivemos um ótimo ano, de muito trabalho, e vimos com alegria a rede se expandir e se consolidar para os atuais 9 capítulos em universidades brasileiras, com potencial para bastante crescimento e interação com a comunidade.